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Foto do escritorGabriela Evangelista

Policromias

Eu fico realmente muito feliz quando observo o movimento que a sociedade está fazendo com relação à “diversidade”. Um movimento orgânico, por vezes tímido, por vezes agressivo, mas em todas as circunstâncias, rigorosamente necessário.


É sério, fico vibrando a cada novo artigo, a cada consulta de cliente, a cada conversa entre amigos. Muito além das possíveis e eventuais adoções do termo como modismo, o mercado já percebeu as suas inúmeras vantagens e mais do que isso: ele começa a reconhecer que para ser sustentável precisará, de fato, ser diverso.


Em definitiva, falar em diversidade é falar de humanidade. É reconhecer tacitamente a pluralidade de universos, é legitimar escolhas, validar histórias, é permitir e respeitar. É ser! Simples e grandiosamente, se curvar ao fato de estamos vivos na mesma dimensão espaço-tempo, o que nos coloca inevitavelmente na condição de compartilhamento.


Acima de tudo, falar em diversidade, para mim, significa falar em resgate. Dívidas sociais que a evolução nos dá a maravilhosa chance de sanar. Raça, religião, opção sexual, gênero, idade e todo e qualquer tipo de deficiência que ao longo da história vêm sendo ignoradas ou atacadas precisam ser agora resgatadas. Ë essa a razão da minha alegria! Uma alegria que vem da gratidão de ter essa chance agora e fazer parte desse movimento.


Falar em diversidade abre a porta para a entrada de infindáveis metáforas e eu, como adoro metáforas, acolho todas elas. Mas tem uma que me toca particularmente e ela vem de uma manifestação artística popular chamada “murga” que mistura diferentes expressões para compor um espetáculo singular que só acontece no Uruguay durante as comemorações do carnaval. “Cada um tem a sua cor e a vida é respeitar policromias” diz o refrão de uma das suas músicas. É isso, uma enorme, linda e brilhante policromia humana!

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