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Como a arteterapia se aplica nas empresas?


Profissionais de diferentes idades e áreas de atuação são constantemente pressionados pela urgência em busca de melhores resultados, ainda que nem sempre concordem quanto aos métodos e prazos estipulados.


O universo das relações de trabalho pode ser desgastante e exaustivo. E, independentemente da idade e geração, todos sofrem com o impacto das cobranças e pressões do dia a dia.


Pessoas de culturas, valores, crenças e idades diferentes, concordam quanto à importância e valorização cada vez mais ascendente de um quesito: a qualidade de vida e a manutenção de relações saudáveis nas organizações que carecem de espaço onde as pessoas possam apenas ser, se olhar, entrar em contato com suas necessidades e falar sobre elas.


Profissionais ligados à área de recursos humanos, desenvolvimento de pessoas, líderes e gestores humanizados são as figuras centrais na composição de espaços assim e, por meio da arteterapia, eles podem ser capazes promover e facilitar estes ambientes nas organizações.


A pluralidade de aplicações dos recursos arteterapêuticos permite o emprego da arteterapia em diversos projetos de desenvolvimento humano e organizacional. Quando, dentro das empresas, de alguma maneira faz-se necessário acessar pessoas, promover o autoconhecimento, dar contorno, cor e expressão aos colaboradores e amenizar as rudezas e os desgastes do ambiente corporativo, a arteterapia é altamente indicada.


A maioria de nós anseia por ouvidos atentos, apontamentos sinceros, empatia e possibilidades de mudanças. As pessoas querem e precisam de mudanças e transformações, mas muitas vezes, não sabem por onde começar. Em geral, todos nós somos resistentes quanto ao abandono de um roteiro pré-estabelecido, nossos modelos mentais construídos ao longo da vida.


Encontrar um espaço em que é possível expressar-se, não diretamente, mas de forma leve e lúdica pode ser reconfortante, e amenizar as pressões e dificuldades enfrentadas todos os dias.


A arteterapia nas empresas funciona como um bombear de oxigênio, para que os profissionais possam pensar, refletir, encher os pulmões de ar e respirar. entre suas muitas finalidades, tornar o ambiente mais acolhedor, estimular a autoconsciência e a autorregulação, trabalhar a confiança e melhorar a comunicação e colaboração são os benefícios que a arteterapia é capaz de trazer para dentro das organizações,

O uso de atividades plásticas é apenas um dos recursos pertencentes à prática arteterapêutica. Num primeiro momento as pessoas podem se sentir temerosas, dotadas de falta de habilidades artísticas ou de criação. E essa é a primeira barreira a ser quebrada, uma parte fundamental do processo. Mas, tão logo se familiarizam com o lápis de cor e o giz de cera, começam a produzir, com leveza, saudosos da infância, para então se soltarem e finalmente se entregarem ao processo.


“O objetivo do desenho é não somente mostrar aquilo que você está querendo retratar, mas também mostrar você. Pode parecer paradoxal, mas quanto mais nitidamente você percebe e desenha aquilo que vê à sua volta, mais nitidamente o expectador verá você e mais você saberá acerca de si próprio” (Edwards, 1979, pág 35).

Ao vencer os primeiros bloqueios, promove-se uma abertura e aprendizado por meio dos recursos artísticos, apropriando-se de suas emoções e sentimentos, nem sempre conscientes, e agarrando a oportunidade para olhar para si e para suas necessidades. Através da arteterapia as pessoas se reconhecem e podem refletir sobre o seu processo pessoal. Os conflitos, dúvidas e até inimizades são diluídos com o auxílio do pincel e do giz colorido.

O estar mais leve e positivo estimula a colaboração e a disseminação de novas ideias. O criar ganha espaço seguro e palco cativo. Ao assumir uma função traçamos uma trajetória, um percurso, há sentido e crenças depositadas em tudo aquilo que fazemos. E vai muito além do que pode ser quantificado e reconhecido financeiramente.

A atividade plástica é ferramenta poderosa na apropriação de recursos internos, acessa o propulsor das escolhas que nos levaram até aquele momento. O fazer espontâneo é a possibilidade de repensar e reconfigurar metas e descobrir a linha da nossa trajetória, o que nos motiva, do que temos orgulho, o que queremos corrigir, o que nos causou tristeza e o que queremos mudar.

Praticar arteterapia nas empresas é possível e torna-se cada vez mais necessário, uma vez que estimula o encontrar-se e o empoderamento do indivíduo, estimula o protagonismo. E quando o indivíduo se torna dono da sua história, sente prazer em escrever mais capítulos e dar continuidade ao processo constante de crescimento e desenvolvimento. A arte nos ensina a criar, a ver, perceber e colorir a vida. Referência Bibliográfica EDWARDS, Betty. Desenhando com o lado direito do cérebro. São Paulo: Ediouro, 2000

 

Quer saber mais como a arteterapia pode melhorar a produtividade e os resultados da sua empresa e ainda garantir a saúde mental e o bem estar dos seus colaboradores?





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