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Foto do escritorGabriela Evangelista

Antifragilidade e Crise

Atualizado: 28 de out. de 2020

Você já deve ter ouvido essa palavra ou lido algum artigo onde ela estava presente



Cada vez mais comum em conversas de negócios e empresas, o conceito apresentado por Nassim Taleb no seu livro Antifrágil: coisas que ganham da desordem, nos fala de um sistema que, ao ser submetido a fatores estressantes e inesperados, ele se recupera e se torna mais forte do que antes.

Até bem pouco tempo atrás, uma das habilidades mais reconhecidas e procuradas por líderes quando formavam seus times era a “resiliência”, um conceito também extraído da física que nomeia a capacidade de um sistema de permanecer inalterado, com as suas características intactas, mesmo após ser submetido a altos impactos.

Há tempos que defendemos a visão de empresa como organismo vivo, com seus agentes também vivos e humanos. Nos parece bastante lógico então aceitar que, como seres humanos, nunca voltaremos ao mesmo estágio depois de atravessar alguma situação de estresse, de forte emoção, de dor ou de felicidade plena. Voltamos sim, mas modificados, marcados, preenchidos, diferentes. A ideia central é a aprendizagem durante o processo e, por isso, ao voltar, voltamos mais fortes, mais preparados.

Com as empresas não é diferente. Enquanto organismo vivo, elas precisam estar em constante estado de aprendizagem, acolhendo as diferenças individuais entre seus componentes, promovendo a interdependência e a conexão entre eles e, principalmente, abraçando o erro incremental (aquele que vem de pequenos e contínuos testes que liberam a criatividade e otimizam recursos).

A Covid-19 chegou e estamos aprendendo a lidar com um estado diferente de coisas, processos, trabalho e relações. Que o “novo normal” nos encontre mais preparados, abertos ao inesperado e mais fortalecidos, como um verdadeiro sistema antrifágil.

Em tempo - Deixo aqui uma confissão: gosto muito do significado por trás do substantivo, mas sinto um certo desconforto ao utilizar o termo “antrifragilidade”, porque, semanticamente, pode trazer um ar de negação àquilo que é frágil e vulnerável, dois componentes da humanidade que considero poderosíssimos. Mas isso é papo para outra ocasião! Por ora, vamos todos – nós e nossas empresas – usar e abusar da antifragilidade.

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