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A questão ética por trás da Transformação Digital

No mês em que escolhemos discutir como a nossa humanidade pode conviver em harmonia com a Revolução Tecnológica nos debruçamos sobre o tema para poder entende-lo sob diferentes pontos de vista: desde o ponto de visto do empreendedorismo, sob a luz da psicologia humanista e incluindo também a questão das experiências digitais e do conceito phygital.


Nessa análise 360º não poderia ficar de fora a discussão ética que envolve a Transformação Digital. Engatinhando no tema, o Brasil já promove – embora timidamente – debates que incluem ações das empresas com relação à manipulação de dados sensíveis dos seus clientes e colaboradores (LGPD). Pela mídia acompanhamos as multas, muitas vezes bilionárias, que grandes empresas como Facebook e Google sofreram por não apresentar políticas transparentes e respeitosas com relação a esses dados.


De acordo com o relatório Avanade Trends, que avalia tendências do mercado, a ética digital será fundamental para a sobrevivência das empresas. Esse estudo mostra que 82% dos C-levels de 12 países concordam que ética digital é necessária para a popularização da inteligência artificial. Por outro lado, 81% afirmam não confiar na capacidade das organizações em criar tecnologias que sejam éticas (referência: epocanegócios.globo.com).


O setor financeiro talvez seja o mais avançado nesse quesito, com investimentos constantes com relação à segurança de dados. Mas o assunto é ainda mais profundo e, obviamente, ele se trona cada vez mais complexo na medida em que os avanços e as possibilidades que a tecnologia traz se apresentam nas nossas vidas. Uma das nossas convidadas deste mês, a empresária Karina Israel, CEO da multinacional Y Dreams e uma das pioneiras no conceito phygital, levantou um tema extremamente relevante durante o nosso bate papo que foi ao vivo no dia 20/10 ( e que está gravado na nossa Humana TV, no Youtube): os possíveis vieses discriminatórios que podem ocorrer. Ela explica: a maioria absoluta dos programadores atualmente são homens, brancos, héteros e de classe média alta. Não é difícil deduzir as ingerências que podem advir desse contexto, ilustradas por ela mesma na live com o experimento de “moral machine” (https://www.moralmachine.net/hl/pt), onde são evidenciadas as perspectivas humanas.


Outras questões relacionadas à biotecnologia e reprodução humana também permeiam as preocupações desses novos rumos.


Para desenharmos uma jornada ética na Transformação Digital, será necessário inserir essas discussões em cada uma das etapas dos processos: desde o design até a relação com o consumidor, passando, obviamente, pelo desenvolvimento.


Esse é o tipo de universo onde é preciso encarar aquelas conversas difíceis, comumente temidas entre os empresários, mas que podem nos salvar de nos perdermos na galáxia de algoritmos frios, que, em última instância, devem existir para nos ajudar a vi

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