Fácil imaginar um grupo de pessoas no qual a contribuição de cada um potencializa as chances de chegarem a soluções criativas e inovadoras?
Bom, imaginar, sim. Mas e na prática?
Pois é.... Na hora de organizar grupos colaborativos, existem alguns pontos importantes para serem cuidados por seus gestores para que o resultado gerado dessa colaboração possa ser, de fato, inovador.
O primeiro deles é o Propósito e eventuais objetivos. É preciso garantir que o grupo tenha realmente compreendido e esteja engajado com o direcionamento daquilo que se pretende criar. Seja para um material de comunicação, um novo mapa processual ou a engenharia de um novo motor de um veículo, a inovação pede um sentido e este sentido é o grande imã das possíveis ideias, onde as contribuições individuais podem convergir.
Outro ponto essencial para gerar um campo colaborativo e criativo é uma atmosfera segura. Um grupo no qual as pessoas não se sintam ameaçadas ou julgadas umas pelas outras, onde possam estar à vontade, se vulnerabilizar, errar (porque o erro faz parte da jornada criativa também!) e não colocarem em cheque o valor da sua colaboração ou seu pertencimento ao time.
E o terceiro ponto importante a ser destacado é o Prazer. O fluxo de trabalho eficiente tende a ser potencialmente maior a medida que mais pessoas colaboram em seu campo de pulsação, fazendo aquilo que têm prazer em fazer.
As tarefas tendem a costurar-se umas nas outras prazerosamente graças ao fator “diversidade”, indispensável numa equipe criativa. Pessoas diferentes, com gostos diferentes e habilidades diferentes é que tornam possível a complementariedade, evitando a competição distorcida e nociva na qual muitos querem contribuir da mesma forma e não há espaço para todos exercerem seus talentos. E um talento em ação custa menos energia do que represar um talento.
Para os três pontos em destaque, a habilidade de liderar uma equipe colaborativa se faz testar. Afinal, desde a composição do grupo, à forma de imprimir seu propósito, comunica-lo, cuidar para que exista uma boa relação entre seus membros e que todos sintam-se igualmente importantes ainda que tragam contribuições diversas...., tudo isso está ligado à arte de focalizar.
Focalizar, manter uma equipe no foco é uma missão essencial no processo criativo, que precisa ser livre, mas nem por isso, anárquico ou caótico. Limites não servem apenas para cortar o barato dos criativos, mas a ordem, quando bem dosada, cuida e protege, justamente para garantir a liberdade e o bom fluxo de trabalho.
Foco, o mesmo que fogo, é a luz que se mantém brilhante ao centro para que todos aqueles que estão a serviço dessa luz, sintam-se atraídos, aquecidos e iluminados.
Plim... Plim... Plim.... e assim...., muitas e muitas lampadinhas se acendem.
Patrícia Napolitano
Comunicóloga, especializada em Administração de Empresas, Facilitadora de Expressão de Potenciais com Psicossíntese e professora da Escola Humana de Vida e Negócios.
@patricia.criatividade
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